- Boa Tarde... - Boa Tarde! - E a doce amiga
E eu de novo, lado a lado vamos!
Mas há um não sei quê, que nos intriga:
Parece que um ao outro procuramos...
E, por piedade ou gratidão, tentamos
Representar de novo a história antiga.
Mas vem-me a idéia... nem sei como a diga...
Que fomos outros que nos encontramos!
Não há remédio: é separar-nos pois.
E as nossas mãos amigas se estenderam:
-Até breve! - Até breve! - E, com espanto
Ficamos a pensar nos outros dois.
Aqueles dois que a tanto já morreram...
E que, um dia se quiseram tanto!
-- Mario Quintana
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
****************
Eu sou como uma ilusão
Um sério sintoma de seus
-distúrbios mentais
Fui abandonado, obrigado
À existir e nada mais
Mas como pode um desvairo
Ser sem seu estulto?
Um sério sintoma de seus
-distúrbios mentais
Fui abandonado, obrigado
À existir e nada mais
Mas como pode um desvairo
Ser sem seu estulto?
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Ondas
A Freqüência das ondas sonoras
São como as batidas do meu coração
E dão forma aos movimentos
Às danças da criação
São como as batidas do meu coração
E dão forma aos movimentos
Às danças da criação
terça-feira, 2 de agosto de 2011
A Lata
Os mil que caminham
Por onde estou agora
Correm para seus destinos
Para não perder a hora
Os olhares atentos
Desviam da estagnação
O corpo mantem o movimento
Até chegar na estação
O metro já vai partir
Sardinhas humanas se espremem
Lutam para sobreviver
Uns aos outros, todos tremem
E o que faço eu aqui
Vim somente observar
Não tenho pra onde ir
Só na lata quero andar
O só
O pior de tudo é saber
Que será feliz sem mim
Deve até mesmo se esquecer
Se já não o fez assim
Melancolia infindável
Sem você eu sou o só
Nostalgia irreparável
Fica cada vez pior
E o vazio que me enche
Foi o 'só' que me sobrou
A promessa da eternidade
E de mim se amputou
Que será feliz sem mim
Deve até mesmo se esquecer
Se já não o fez assim
Melancolia infindável
Sem você eu sou o só
Nostalgia irreparável
Fica cada vez pior
E o vazio que me enche
Foi o 'só' que me sobrou
A promessa da eternidade
E de mim se amputou
terça-feira, 28 de junho de 2011
O seu show
Menina, Morena
Pequena a mim
Beleza externa
Não te importa é assim?
Se um dia esperou
Planejou fugir de mim
Tudo é arte no seu show
Que delicia ser assim
Pequena a mim
Beleza externa
Não te importa é assim?
Se um dia esperou
Planejou fugir de mim
Tudo é arte no seu show
Que delicia ser assim
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Morte
Quem dirá que não sabia?
Um dia ia acontecer
Quem pensou no impossível?
Todos um dia tem que morrer
Só não esperava que tão cedo
Nem que tão distante assim
À sua lembrança agora sofro
Você está guardado em mim
O que foi rápido pode ser
Cedo demais para mim
O começo de um novo viver
Marcado pelo precoce fim
Um dia ia acontecer
Quem pensou no impossível?
Todos um dia tem que morrer
Só não esperava que tão cedo
Nem que tão distante assim
À sua lembrança agora sofro
Você está guardado em mim
O que foi rápido pode ser
Cedo demais para mim
O começo de um novo viver
Marcado pelo precoce fim
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Arrependimento
Tu me és tão distante
Dói em meu peito a saudade
Do que nunca foi dito
Nem foi feito, mas é tarde
Entender-te-ei um dia
-"Esse dia vai chegar"
Acredite, eu poderia
Te fazer se deleitar
Agora é tarde e choro
Imploro apenas o perdão
Me despeço e me preparo
Para a dor da recordação
Dói em meu peito a saudade
Do que nunca foi dito
Nem foi feito, mas é tarde
Entender-te-ei um dia
-"Esse dia vai chegar"
Acredite, eu poderia
Te fazer se deleitar
Agora é tarde e choro
Imploro apenas o perdão
Me despeço e me preparo
Para a dor da recordação
Conversão
Quem sabe, talvez
Inocente indecisão
Curiosidade te assombra
Momento de conversão
Te ensinarei o que fazer
Ou onde por as mãos
Já previ acontecer
Explicita satisfação
O que era se transforma
Foi embora a suspeita
Olhe agora a sua volta
A certeza, tudo enfeita
Inocente indecisão
Curiosidade te assombra
Momento de conversão
Te ensinarei o que fazer
Ou onde por as mãos
Já previ acontecer
Explicita satisfação
O que era se transforma
Foi embora a suspeita
Olhe agora a sua volta
A certeza, tudo enfeita
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Menina
Olhos tristes de menina sofrida
Jovem, com pensamentos suicidas
Mas uma esperança, vai a levantar
Crê na força para poder superar
Olhos tristes de mulher cansada
Cansada da dor de ter que lutar
Nas mãos um livro de poesia
Sentada à porta de um imundo bar
Observo essa menina
Que já é mais que mulher
Por muito me encontro nela
Quem será que ela me é?
Jovem, com pensamentos suicidas
Mas uma esperança, vai a levantar
Crê na força para poder superar
Olhos tristes de mulher cansada
Cansada da dor de ter que lutar
Nas mãos um livro de poesia
Sentada à porta de um imundo bar
Observo essa menina
Que já é mais que mulher
Por muito me encontro nela
Quem será que ela me é?
Fútilidade
Cigarro em uma mão
Caneta na outra
Cerveja gelada
Caida na calçada
Bebo, fumo e escrevo
Nesse ritmo incessante
Mas não escrevo nada
São só versos insignificantes
Pratico o que aprendi
Só o bem que alguém fez
Mas não sou nada
Tudo é pura insensatez
Caneta na outra
Cerveja gelada
Caida na calçada
Bebo, fumo e escrevo
Nesse ritmo incessante
Mas não escrevo nada
São só versos insignificantes
Pratico o que aprendi
Só o bem que alguém fez
Mas não sou nada
Tudo é pura insensatez
Inspiração
Procuro inspiração
Para te escrever estes versos
Escrever não consigo
Só a inspiração
Talvez seja o seu sorriso
Ou quem sabe esse olhar
Não me ajuda a escrever
Me da razões para acordar
Esses versos tão singelos
São apenas gratidão
Ao presente e ao futuro
Por ser meu seu coração
Para te escrever estes versos
Escrever não consigo
Só a inspiração
Talvez seja o seu sorriso
Ou quem sabe esse olhar
Não me ajuda a escrever
Me da razões para acordar
Esses versos tão singelos
São apenas gratidão
Ao presente e ao futuro
Por ser meu seu coração
Poesia?
Isso não é poesia
Nem ao menos sou poeta
Indecentes erros me acompanham
Nunca quis, nem sou discreta
Serei apenas sangue e fogo
Serei toda a carne e noite
Toda noite
Toda noite...
Num soneto mal escrito
mas completa o vazio
das paginas pálidas
que morrem de frio
Nem ao menos sou poeta
Indecentes erros me acompanham
Nunca quis, nem sou discreta
Serei apenas sangue e fogo
Serei toda a carne e noite
Toda noite
Toda noite...
Num soneto mal escrito
mas completa o vazio
das paginas pálidas
que morrem de frio
A Carta
Escrever-te-ei uma carta
Pela lembrança que deixa a marca
Quando o eterno rapidamente acaba
E não nos deixa tentar esquecer
Não te deixo por querer
São essas circunstancias
Momento que a ignorância
Impõe-se ao conhecer
Quer dizer que ainda é cedo
E por mais que seja aceito
Não valerá o padecer
Pela lembrança que deixa a marca
Quando o eterno rapidamente acaba
E não nos deixa tentar esquecer
Não te deixo por querer
São essas circunstancias
Momento que a ignorância
Impõe-se ao conhecer
Quer dizer que ainda é cedo
E por mais que seja aceito
Não valerá o padecer
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